
O mercado financeiro registrou oscilações importantes após a decisão do Federal Reserve (Fed) de manter os juros nos Estados Unidos e a expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. Essas movimentações impactaram diretamente a cotação do dólar e o desempenho da Bolsa de Valores.
Dólar atinge menor valor em cinco meses
Nesta quarta-feira, o dólar comercial fechou em queda de 0,43%, cotado a R$ 5,64. Este é o menor patamar registrado desde outubro do ano passado. A desvalorização da moeda americana aconteceu após o Fed anunciar a manutenção da taxa básica de juros, o que já era amplamente esperado pelo mercado.
Apesar da decisão, o Fed ressaltou que as incertezas econômicas continuam e que a inflação ainda está acima do desejado. A previsão de cortes adicionais de 0,50 ponto percentual na taxa básica ajudou a impulsionar o apetite por risco dos investidores.
Impacto da decisão do Copom no câmbio
Agora, os olhos estão voltados para o Copom, que deve anunciar um novo aumento de 1 ponto percentual na taxa Selic. Essa alta, combinada com a manutenção ou redução dos juros nos EUA, pode atrair mais investidores estrangeiros para o Brasil. Um diferencial de juros maior torna os títulos brasileiros mais atrativos, fortalecendo o real e ajudando a controlar a inflação ao baratear produtos importados.
Bolsa sobe e atinge 132 mil pontos
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, registrou uma alta de 0,6% nesta manhã, ultrapassando os 132 mil pontos. Essa valorização foi impulsionada pela recuperação de empresas de consumo e pelo desempenho positivo de grandes companhias do setor financeiro.
Destaques do pregão
- Magazine Luiza (MGLU3): avanço de 1,1%
- Localiza (RENT3): alta de 2,1%
- Vivara (VIVA3): valorização expressiva de 6,17%
- Natura (NTCO3): liderou os ganhos com alta de 4,52%
- Itaú (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) também registraram avanços modestos
Por outro lado, as ações da Petrobras (PETR4) e da Vale (VALE3) tiveram queda, impactadas pela desvalorização do minério de ferro na China, que caiu 2,12% durante a madrugada na Bolsa de Dalian.
Juros futuros e expectativa para os próximos meses
Os juros futuros operaram em alta durante a manhã, acompanhando os rendimentos dos títulos americanos (Treasuries). Porém, ao longo do dia, as taxas passaram por ajustes e encerraram com queda leve. As projeções indicam que a Selic pode atingir 14,25% no curto prazo, o maior nível desde o período de crise do governo Dilma Rousseff.
Principais taxas de juros futuros
- DI para janeiro de 2026: 14,73%
- DI para janeiro de 2027: 14,42%
- DI para janeiro de 2028: 14,18%
- DI para janeiro de 2029: 14,19%
- DI para janeiro de 2030: 14,29%
Essa dinâmica reflete um ajuste nas expectativas do mercado, que anteriormente projetava a Selic acima dos 17%.
Bolsas americanas fecham em queda
Nos Estados Unidos, os índices acionários fecharam no vermelho, pressionados pelas incertezas políticas e tarifárias do governo Trump. O temor de uma recessão econômica e o impacto das decisões do Fed influenciaram negativamente o mercado.
- Dow Jones: queda de 0,62%
- Nasdaq: recuo de 1,71%
- S&P 500: desvalorização de 1,07%
As big techs também registraram perdas, com destaque para a Tesla (-5,34%), Nvidia (-3,43%) e Meta (-3,73%).
Conclusão: O que esperar do mercado?
O mercado financeiro continua volátil e sensível às decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. A manutenção dos juros pelo Fed e a expectativa de um novo aumento na Selic podem continuar influenciando o dólar e a Bolsa nos próximos dias. Para investidores, é essencial acompanhar de perto essas movimentações para tomar decisões estratégicas no curto e médio prazo.
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